"Meu primeiro perfume foi Fleur de Rocaille. Eu era adolescente, minha mãe me deu para eu usar e ir numa festa. Marcou muito, porque a partir daí comecei a perceber a diferença, pois para mim, até então, existiam apenas colônia e alfazema. Despertou alguma coisa, o fato de ser mulher... A gente se sente diferente. Usar perfume foi uma divisão entre ser menina e ser mulher. Eu ficava me cheirando o tempo inteiro. E o mais gostoso: acordar de manhã e ainda sentir o perfume no corpo. Ele combinou com a minha pele. Daí _ ninguém me ensinou _ busquei sempre uma fragrância que combine comigo. Hoje, provo um perfume e vou para casa, sinto ele bastante e vejo se há essa combinação. Gosto mais dos amadeirados, com alguma coisa de laranja, tangerina. Quando tem pimenta eu também gosto. Sempre pergunto à vendedora qual é a composição. Adoro perfume, ele marca pra toda vida. Outro que minha mãe me presenteou foi Ivoire, de Balmain. Eu estava grávida. Usei durante muitos anos, quando transpirava eu exalava ele, era impressionante. Foi o que eu mais me dei bem na vida. Custa caríssimo e é raro de encontrar. Mas parei de usá-lo porque minha irmã Cecé o adotou. Usei uns oito anos, ela já usa há uns 20 anos. Tem ainda outro perfume que me marcou. Foi Caron Pour Homme, que era moda nos anos 60. Todos os homens da família usavam. É apaixonante, bateu na minha memória olfativa. Para mim é um perfume familiar tão aconchegante... Prefiro usar perfumes masculinos durante o dia, mas à noite escolho um feminino para combinar com a produção [vestido, jóia etc]. Nunca me encharco, acho insuportável quem exagera."
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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Oi Roberto Pires!
ResponderExcluirComo faço para entrar em contato com Tininha Viana?